02/02/2009
Confira a entrevista de Adiló Didomenico ao Pioneiro
Confira a entrevista que o diretor-presidente da CODECA, Adiló Didomenico, concedeu ao Pioneiro e publicada na edição do dia 28 de janeiro de 2009, com o tÃtulo "Empresário do desenvolvimento". O texto pode também ser lido neste link: http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=159&action=noticiasImpressa&id=2384010&edition=11588 *** Caxias do Sul – Nos seus poucos dias de férias, o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Adiló Didomenico, trabalha na expansão da sua empresa particular, administrada pela mulher e dois filhos. Morando há mais de três décadas em Caxias, o catarinense Adiló se diverte com o que chama de férias de gringo:– Já me acostumei. É assim mesmo: enquanto descanso, aproveito para carregar pedras – brinca.Adiló diz ser um homem dividido. Filiado ao PTB desde 1988, diz que nunca concorreu a cargos públicos pois queria ter tempo livre para a famÃlia. Alega ter rejeitado a presidência da Codeca e permanecido como presidente do conselho administrativo da companhia de 1989 a 1997 para poder administrar sua empresa.– Quando os filhos cresceram, assumiram (a empresa), mas é um pouco pesado para eles e minha esposa – pondera.Entre um compromisso e outro, na tarde de ontem Adiló achou tempo para passar no Pioneiro e conceder uma entrevista. Ele voltou a afirmar que acredita ser sabotagem os ataques aos contêineres e anunciou projetos para este ano. Confira os principais trechos.Pioneiro: O senhor diz que o vandalismo contra contêineres é sabotagem polÃtica ou econômica. Como estão as investigações?Adiló Didomenico: Algo há por trás disso. Temos a esperança de que a polÃcia consiga pôr a mão num desses caras e ele abra o bico. Acho estranho termos sete contêineres queimados em duas semanas antes das eleições. Quando divulgamos que tÃnhamos imagens de um suspeito, o problema cessou. Recomeçou agora, que anunciamos a ampliação do sistema. Mas pode ser uma sabotagem econômica, pois a indústria do lixo é muito rica. Caxias é a única cidade de médio e grande porte do paÃs a controlar a cadeia do lixo, da água e do saneamento. A população tem que valorizar isso. Quanto à investigação, a polÃcia ainda trabalha no caso.Pioneiro: Quando ocorrerá a terceira fase da coleta mecanizada?Adiló: Este ano vamos nos empenhar para que o sistema funcione bem. Temos vários ajustes que detectamos na segunda fase (passou de 500 para mil contêineres). A comunidade não percebe, mas a coleta do seletivo não é prática, por exemplo. Não queremos atropelar a coisa.Pioneiro: O contêiner amarelo é menor que o verde, mas recebe lixo seletivo, cujo volume é maior que o orgânico, que vai no contêiner verde. Por que é assim? Não deveria ser o contrário?Adiló: Na Europa, os dois são do mesmo tamanho, mas o do seletivo tem uma fenda para serem colocadas caixas desmanchadas e um buraco para objetos menores. Se implantássemos isso aqui, onde não temos essa cultura... Imagina o que não iriam fazer com o contêiner para tirar as coisas lá de dentro. Aqui o pessoal coloca caixas inteiras... Eles estão dimensionados para coleta diária e são satisfatórios. Não podemos deixar de recolher diariamente pois o pessoal ainda coloca muito lixo orgânico no amarelo.Pioneiro: Falta educação?Adiló: Vamos agir ainda mais forte. Em quatro anos, fizemos 964 palestras para 63 mil pessoas.Pioneiro: Quando funcionará o projeto Troca Solidária, que trocará lixo reciclável por alimento?Adiló: Até final de março. Quatro quilos de seletivo compram um quilo de hortifruti da época, que compraremos de produtores regionais.Pioneiro: O metano do novo aterro sanitário será utilizado para a geração de energia?Adiló: Já estudamos isso com a Secretaria do Meio Ambiente. É uma das nossas estratégias para 2009: aperfeiçoar a separação do lixo, que gera emprego, e usar o gás para produção de energia. Até o fim de 2009 teremos um projeto pronto para aplicação no máximo em 2010.Pioneiro: O senhor tem projetos para aproveitamento dos resÃduos da construção civil?Adiló: Planejamos estudar isso em 2009 e, se possÃvel, ainda este ano firmar um convênio com a Secretaria do Meio Ambiente para termos um local para depositar esse material. Tem muita coisa que pode ser aproveitada.Pioneiro: A Codeca tem soluções para recolhimento, reciclagem ou destino do lixo eletrônico (computadores e televisores, por exemplo)?Adiló: Pretendemos abrir um projeto para isso. Podemos buscar parcerias com a iniciativa privada, com o Sesi, o Senai... O lixo eletrônico cresce muito. Esse material é muito rico. Podemos até montar novos computadores para escolas ou centros comunitários.Pioneiro: Caxias possui 40% da malha viária urbana de chão batido. O que poderia ser feito?Adiló: Acho que deve ser investido mais no calçamento comunitário...Pioneiro: Mas isso é feito por empreiteiras, não pela Codeca...Adiló: É porque o asfalto não permite que se cobre uma contrapartida do morador. O calçamento sim. Além disso, temos que levar em consideração a questão da permeabilidade do solo. Há alguns lugares, como grandes rampas, que não podemos asfaltar.Melhoria na gestão Um dos objetivos da Codeca para 2009 é ser um modelo de gestão. De acordo com o presidente Adiló Didomenico, a empresa é pública, mas deve ter metas como qualquer empresa privada. O primeiro trabalho será separar processos. – Teremos controle de obra por obra, por exemplo. Quando terminarmos de pavimentar uma rua, saberemos exatamente quanto lucro ou prejuÃzo deu. Hoje é tudo um caixa só – diz Adiló. Quem é- Nome: Adiló Angelo Didomenico - Idade: 56 anos - Estado civil: casado com Célia Didomenico, 55 anos, com quem tem quatro filhos de 32, 28, 26 e 20 anos - Formação: técnico em contabilidade, formado em Economia e pós-graduado em Marketing - CurrÃculo profissional: empresário do setor de alimentos desde 1970 - CurrÃculo polÃtico: lÃder estudantil e sindicalista na década de 1980, filiado ao PTB desde 1988 e presidente da Codeca desde janeiro de 2005. Em 2009, foi reconduzido ao cargo
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